"Quem não tem papel dá o recado pelo muro. E quem não tem presente se conforma com o futuro."
Raul Seixas



sábado, 3 de julho de 2010

Caminho da luta



Necessidade do conjunto,
Instrumento para levantes,
Busca de mudanças constantes.
Anseio pelo que parece distante.

Coisas que combates terão,
Não só pelo imediato,
Além, adiante do que parece ser fato.
Mudanças que só em conjunto ocorrem.

Disposição de uma criança carente,
De um faminto por comida,
Um lutador pela vitória,
Organização que parece inglória.

Se ela não existir,
O explorador jamais irá ruir.
Organizai-vos, trabalhadores,
Para acabar com vossos horrores.
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BRUNO RAPHAEL
São Paulo, julho de 2010.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Reflexos?




Partindo do conceito de Marx em que a história da humanidade é a história das lutas de classes, pensemos no que é nos dias atuais um movimento organizado (mesmo que por sindicatos, estes atrelados a burocracia do Estado burguês) e que utiliza do instrumento da greve para reivindicar melhorias, seja em âmbito econômico ou estrutural, não está preso as amarras das "categorias", pois reflete mazelas que fazem parte do contexto social de maneira ampla, haja visto que fazemos parte do sistema capitalista que propicia os antagonismos que vivenciamos: a expansão da miséria em meio a fartura.
O que não esta sendo exposto e colocado em questão é o verdadeiro embate que as greves minoritárias são reflexos: a luta da classe trabalhadora contra as elites burguesa e a estrutura do Estado que as mantêm dominantes.
Sendo assim, atos políticos são realizados constantemente seja de maneira consciente ou não. Ao questionarmos por que trabalho domingo?, tenho sempre de fazer hora extra?, por que não posso fazer valer o direito natural e humano de passar um, dois ou mais dias longe de tudo e fazendo o que der na cabeça?, por que o que produzo não fica comigo?, e milhões de por quês sobre nossa realidade direta. Quando estes exemplos se concretizam na cabeça de um indivíduo o mesmo está contestando a estrutura superior da qual ele é parte (o capitalismo).
Quando o enxerga com maior clareza e compreende sua lógica – a de exploração de uma classe minoritária sobre uma classe mais populosa – está avançada sua consciência de classe. Contudo, de nada adianta a teoria sem práxis, ou seja, a consciência por si mesma não basta para mudar a sociedade. Somente por meio da organização e ação direta dos oprimidos será possível acabar com os opressores. À revolução!


BRUNO RAPHAEL
São Paulo, junho de 2010.

terça-feira, 30 de março de 2010

Em favor de quem?

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P rotetores da
O rdem vigente.
L astimáveis marionetes,
Í cones da repressão.
C astradores sociais
I mpessoais e manipulados...
A rticulados pela grande instituição.
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Bruno Raphael. São Paulo, março de 2010.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Crítico?


"Política: do grego ta politika, que vem da cidade, lugar onde cidadãos comuns relacionam-se e podem discutir e decidir sobre a cidade."
Desta definição escrita por Marilena Chauí ao conhecimento que nossa sociedade demonstra por política há um profundo abismo. Mas em tempos de tantos acontecimentos em que culpamos a política como: enchentes, altos preços do transporte público, conhecimento dos grandes níveis de desigualdade de renda, etc. Diante deste cenário não é difícil sermos vítimas de furacões informativos de tragédias ao meio dia, e ainda, sermos bombardeados por micro e mega análises da classe média sobre tais acontecimentos representados pela mídia. Estes que utilizam dos grandes meios de comunicação e buscam nos convencer que são críticos e está do nosso lado, vejamos um exemplo:

º No caso da enchente. Como não há como culpar diretamente os moradores que perderam tudo porque moravam em áreas de risco, simplesmente culpam os profissionais da política (colocando-se solidariamente ao lado dos que sofrem). Em seguida sim, vão pouco a pouco sem colocar contextos históricos e com análises superficiais para dizerem: Está vendo quer morar próximo ao rio e não perder tudo nas chuvas.

Há uma grande necessidade de mudança sobre este pensamento que, por ser exposta pela mídia (em tese a dona da verdade) precisa ser criticada. Contudo, antes deve-se saber o que é ser crítico, sem base teórica para fundamentar-se continuarás pensando que crítico é aquele que simplesmente discorda de tudo. Ilusão!

sugestão de livro sobre o tema "Convite à filosofia", Marilena Chauí.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

2010

Depois da pausa o retorno, em 2010 o blog será atualizado a cada 15 dias com anúncios no orkut, twitter, msn, boca à boca e todas formas possíveis de comunicação.
Em ano de eleição é impossível não fazer deste um tema abordado e relevante, mas espero que haja superação da discussão comum, a reflexão sob quaisquer que sejam os temas é objetivo desta ferramenta de comunição. Junto à isto, está a necessidade de bases argumentativas para tal, independente da formação do indivíduo que por aqui expor idéias, é importante basear-se, ou melhor, fundamentar sua argumentação para que os debates sejam mais ricos.

Sem mais, Bruno Raphael.